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O som das sucatas: artistas criam e apresentam possibilidades sonoras
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Tamanho da fonte: A- A+Por: Ana Carolina Mascarenhas 14/08/2011
Os amigos Marco Cândido e Eduardo DaMotta realizam trabalho de reciclagem junto às escolas unindo a arte e a educação ambiental. Clique aqui e assista ao vídeo na TV O FLU
* Assista ao vídeo na TV OFLU (www.tvoflu.com.br)

Autodidata e cheio de ideias, o músico e artista plástico Marco Antônio Cândido, de 43 anos, está em constante transformação, assim como sua matéria-prima, a sucata. Junto com o músico e designer Eduardo DaMotta, 37, sua nova parceria, eles levam música e educação ambiental a escolas e empresas.
Amigos de longa data, acreditam que “a sucata oferece um mundo de possibilidades. É um ciclo interminável”.
Quando começou a sua relação com a sucata?
Marco: Eu cresci numa família de artistas plásticos. Meu pai era aderecista e carnavalesco. A minha vida toda eu convivi com sucata. Revirava o lixo do Hospital São Paulo, assistia aos desfiles de escolas de samba e voltava cheio de coisas para casa. Guardava tudo quanto era material no meu guarda-roupas e minha mãe vivia dizendo para eu “jogar esse lixo fora”. Era curioso, ganhava brinquedos e transformava em outros brinquedos. Tenho uma visão filosófica da sucata. Acredito que há vida em tudo. A sucata é um mundo de possibilidades. Você pode fazer instrumentos, brinquedos, casas, tudo o que imaginar.
O projeto existe desde 1999. Como surgiu a ideia de trabalhar sucata com crianças?
Marco: Em 1998, conheci a minha mulher, que é psicóloga, e propus que montássemos um projeto para trabalharmos arte e música com crianças de forma terapêutica. Formamos o CriaKids, que durou três anos, mas ainda não era isso que eu queria. Então conheci o coreógrafo Moa Carvalho e reformulamos o projeto. No CriaKids, confeccionávamos apenas instrumentos musicais e a proposta do Sucateando é totalmente diferente. É mais ampla. Quebramos o vínculo com os instrumentos musicais e trabalhamos com objetos escultóricos sonoros (OES). Isso significa que a música não precisa ser feita somente com os instrumentos que conhecemos, podemos tirar som de tudo. Nosso objetivo é o visual, a música é uma consequência.
Você conta com a ajuda de algum profissional para planejar a parte pedagógica do projeto?
Marco: Não. Desde 2003 a minha mulher não está mais no projeto. Mas estou sempre pesquisando e em busca de parcerias. O Eduardo vai tocar o projeto comigo e tenho pessoas que me ajudam em algumas oficinas como, por exemplo, o educador Leandro Zamboni.
Como surgiu o convite para fazer parte do Sucateando?
Eduardo: Eu e o Marco tocávamos juntos em uma banda, mas depois seguimos caminhos diferentes. Há pouco tempo, ele comentou com um amigo em comum que precisava de um parceiro e o meu nome foi sugerido. A proposta não saía da minha cabeça. No dia seguinte liguei para ele e aceitei o convite. Somos parceiros em todas as etapas do projeto, o Marco é muito aberto a ideias.
Você já trabalhava com sucata antes?
Eduardo: Não. Trabalhava com instrumentos tradicionais. Diferentemente do Marco, venho de uma família mais tradicional. Meu primo era músico e eu quis seguir os passos dele, porque o diferente sempre chamou minha atenção. O Sucateando me permite voltar a ser criança. É um verdadeiro parque de diversões. É um processo de experimentação constante. Isso sem contar que é um trabalho que envolve várias áreas: arte, sustentabilidade e inclusão social.

O pocket show “Eletrodomesticando” une a sonoridade de diversos eletrodomésticos ao violoncelo, violão e voz. Como é montar uma orquestra desta maneira?
Marco: Eu vejo música em tudo. Às vezes, estou cozinhando e percebo que o som tem uma determinada nota. A própria música sugere o aparelho que vamos usar. Já fiquei quatro horas com o liquidificador ligado até chegar onde eu queria. É um trabalho constante de pesquisa que pode durar meses e até anos.
Quais são as principais diferenças entre as oficinas realizadas em escolas e empresas?
Eduardo: Com os adultos é um trabalho de desconstrução, enquanto que com as crianças é apenas um trabalho de direcionamento do instinto criativo. O adulto, normalmente, é mais travado. A entrega dele à atividade depende do cargo que ocupa na empresa. Ele precisa romper com as limitações que foram impostas ao longo da vida. Para a criança tudo é lúdico, ela tem maior capacidade de abstração. Mas, independente da idade, as pessoas aprendem a trabalhar em grupo e a se desprender. O objeto não é de quem construiu, ele vai passar de mão em mão e alguém vai transformá-lo em um novo objeto. Ao final de cada oficina, montamos um concerto e, se não souber trabalhar em grupo, vira um barulho insuportável. Outro aspecto interessante é que as diferenças somem.
Organizar um concerto ao final de cada oficina deve ser trabalhoso. Grande parte das pessoas que participam nunca deve ter tocado um instrumento.
Marco: Nem tanto. O método que utilizamos é o do Lucas Ciavatta. Ele trabalha o passo e as palmas, que são movimentos naturais do corpo humano. Desta maneira, o ritmo é desenvolvido naturalmente.
Qual a importância desse trabalho na formação das crianças?
Marco: A sucata tem um leque imenso de materiais com as mais variadas texturas. Isso ajuda na percepção visual, sonora e tátil. Desenvolve a criatividade e a capacidade de solucionar problemas. Temos um projeto para tornar as oficinas um trabalho permanente nas escolas. É possível estender as questões da sala de aula e realizar atividades interdisciplinares. Você pode desenvolver a consciência corporal e o raciocínio lógico.
Em 2008, o projeto viajou pela Europa e pela Ásia. Como foi essa experiência e quais as comparações que você pode fazer com o Brasil?
Marco: Eles têm um grande interesse no trabalho com a sucata, entretanto, nós exercitamos mais. Nós temos mais consciência ambiental e uma relação mais próxima com a natureza. Acredito que isso seja pelo nosso clima, um fator que também influencia na produção cultural. Nosso ritmo é sempre acelerado, enquanto lá fora o ritmo é determinado pelas estações.


O FLUMINENSE


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CÉSAR COLLARTE / BUEU Reclamar el mantenimiento de la zona de acampada pública de Chan da Pólvora y reivindicar un turismo sostenible que combine el disfrute de Ons con el respeto al medio ambiente. Ése es el objetivo de los más de cien campistas que se han reunido esta Semana Santa en el archipiélago para participar en las Jornadas Culturales y de Educación Medioambiental organizadas por la Asociación Cultural Acampa en Ons. "Defendemos un turismo diferente al de la gente que le gusta Marbella. Queremos tener una zona de acampada y que ésta no se privatice", asegura el portavoz del colectivo, Pedro Pagán.
"Queríamos hacer una manifestación diferente, sin cortar carreteras ni quemar contenedores", afirma. De este modo, se optó por programar una serie de actividades culturales que ofrecieron una alternativa de ocio a los cerca de 500 visitantes que la isla tuvo y a los propios vecinos. Conciertos al aire libre, exposiciones fotográficas y de artesanía, talleres, malabares integraron un apretado programa que tuvo como punto final una jam session con todos los músicos participantes en las jornadas tocando en pasacalles hasta el muelle para despedir a las personas que tomaban el último barco hacia Bueu.
"No esperábamos una acogida tan buena. Estamos muy contentos porque no queríamos demasiada publicidad ya que no nos interesa que se masifique la isla", señala el portavoz de Acampa en Ons. Así, ayer los participantes en esta iniciativa disfrutaron de los Conciertos en silencio, con música tradicional en la iglesia de San Xaquín; cuentacuentos a cargo de Alberto Mante; los malabaristas de Malandraxe; y un concierto folc. Pero durante estos días los niños pudieron aprender a hacer muñecos de tejidos naturales y papel y los mayores aprender conceptos básicos de reflexología.




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